Tiago Cardoso inicia trabalho de transição no Arruda

Recuperando-se de uma lesão no joelho direito, o goleiro Tiago Cardoso finalmente deixou o departamento médico e foi liberado para a fase de transição. Ainda sem prazo definido para ficar à disposição do técnico Ricardinho, o camisa 1 tem trabalhado com o preparador de goleiros do clube, Bosco. E a volta do goleiro pode acontecer ainda no Campeonato Pernambucano. “Tiago está liberado do DM e está na transição. Ele tem uma força de vontade grande e vem tendo uma recuperação boa. Não vou dizer que daqui para o final do Pernambucano ele estará jogando , até porque não é função minha colocá-lo para jogar. Mas acredito sim que ele possa ficar apto para voltar até a final do Estadual. Para o Brasileiro ele estaria pronto com certeza”, frisou o médico coral, José Carlos Cordeiro. Tiago se contundiu na Série B do ano passado, no jogo contra o Avaí, pela penúltima rodada do torneio. O atleta teve uma lesão parcial no ligamento posterior do joelho direito e o tempo previsto para o retorno aos gramados era de três meses. Desde então, a torcida coral precisou se acostumar a ter outro camisa 1 no Estadual. Primeiro, foi Bruno quem ganhou a vaga do paredão coral. Com exibições questionadas, o goleiro perdeu espaço para Fred, atual titular.

A primeira decisão de 2015

O momento conturbado da primeira fase da Copa do Nordeste já passou. Mas é somente agora que o Sport, depois de terminar na primeira posição do Grupo B, terá a primeira decisão de verdade na temporada 2015. E o duelo de 180 minutos colocará dois ‘leões’ frente a frente: o pernambucano e o cearense. Nesta noite, na Arena Castelão, o Fortaleza recebe o Rubro-negro pelo primeiro jogo das quartas de final do Nordestão. Do lado vermelho e preto, precaução é a palavra de ordem. O técnico Eduardo Baptista não só não confirmou a escalação, como também fechou parte do último treino. Tudo para não fornecer munição ao rival. Ainda que tenha feito mistério sobre o time que vai mandar a campo, o comandante rubro-negro não deve fazer mudanças severas na equipe. A ideia é seguir jogando no 4-5-1, com dois volantes e três meias, deixando apenas um atacante. Como Felipe Azevedo se machucou e Samuel acaba de se recuperar de lesão, Joelinton deve ser o homem de área. No entanto, há outra possibilidade em aberto. Graças às últimas boas atuações de Wendel, o volante pode pintar entre os titulares. Caso isso aconteça, a estrutura tática seria alterada, pois o cabeça de área entraria no lugar do centroavante, deixando Diego Souza como homem de referência. “As situações já estão definidas na minha cabeça. Nós testamos duas formações, uma com Wendel e outra sem ele, e as duas são boas, mas só amanhã (hoje) vou decidir. Quero ainda estudar um pouco mais o Fortaleza e escolher o que vou usar”, limitou-se a dizer Eduardo Baptista, dando a entender que Wendel deve mesmo entrar em campo, mesmo que não comece jogando. O próprio volante reconheceu o seu bom momento. “Venho trabalhando para entrar, ter uma oportunidade e uma sequência no time. Todo mundo teve oportunidade aqui e eu procurei aproveitar a minha da melhor maneira possível”, avaliou. Segundo Baptista, não é a escalação que será determinante para o rendimento do time, mas sim a postura da equipe dentro de campo. Apesar do pouco tempo de carreira, o treinador tem uma certa experiência em mata-matas e parece saber um pouco da receita do êxito nesse sistema de disputa. “Temos que jogar de maneira inteligente, saber marcar e ser agressivo. Um GOL fora é importante e também não tomar é importante. Muda a competição, o estilo é diferente e temos que saber jogar”, analisou o treinador, que rechaçou um provável favoritismo do Leão. “O Sport vai para um jogo de mata-mata fora de casa e não tem favorito. O favorito é o que ganhar nos 180 minutos”, sentenciou. FORTALEZA – A exemplo do Sport, o Fortaleza também realizou um treinamento com portões fechados. Para o confronto diante dos rubro-negros, o técnico Marcelo Chamusca não poderá contar com o volante Vinícius Hess, suspenso. Assim, Auremir (ex-Náutico) deve assumir o posto deixado em aberto na cabeça de área. Ficha do jogo Fortaleza Deola; Tinga, Lima, Adalberto e Wanderson; Auremir, Pio, Corrêa, Maranhão e Éverton; Lúcio Maranhão. Técnico: Marcelo Chamusca Sport Magrão; Vítor, Ewerton Páscoa, Durval e Renê; Rithely, Rodrigo Mancha, Mike, Diego Souza e Élber; Joelinton (Wendel). Técnico: Eduardo Baptista Local: Arena Castelão (Fortaleza) Hora: 22h Árbitro: Charles Hebert Cavalcante Ferreira (AL). Assistentes: Esdras Mariano de Lima Albuquerque (AL) e Lorival Cândido das Flores (RN). Transmissão: Esporte Interativo e Rede Globo

Clubes decretam fim dos altos salários para treinadores

O Fluminense mandou Cristóvão Borges embora e aproveitou para economizar. Mesmo diante das críticas da torcida, optou por contratar um treinador que aceitasse um salário menor que o antecessor, Ricardo Drubscky. Seguiu o caminho de dois outros clubes cariocas, Vasco e Botafogo, que também preferiram treinadores baratos a figurões que exigem altos salários. Santos e Internacional fizeram a mesma coisa. Com clubes endividados e com uma medida provisória de refinanciamento dos débitos que exigirá boas práticas de gestão batendo às portas, os dirigentes começam a colocar os pés no chão. Perceberam ser preciso gastar menos. E um dos primeiros passos dessa nova realidade está sendo a redução dos salários dos treinadores. Os dias em que os técnicos recebiam salários de R$ 500 mil, R$ 600 mil e até mais parecem contados. Aos 55 anos e sem experiência em times do eixo Rio-São Paulo, Drubscky assumiu o Fluminense após ter assinado contrato que lhe garante salário de R$ 180 mil mensais. É um valor R$ 70 mil menor do que ganhava Cristóvão Borges. E não adianta nem a torcida chiar, como fez nesta terça-feira, no primeiro treino que o treinador comandou nas Laranjeiras. O presidente do time carioca, Peter Siemsen, já avisou que não vai contratar mais “treinadores caros”. “O Ricardo foi uma escolha da nossa área técnica, mas, por outro lado, é preciso levar em consideração que o Fluminense vai aderir em breve ao parcelamento da dívida com o governo. Temos de nos adequar para o futuro”, disse. Recentemente, o Fluminense perdeu um patrocinador que por mais de uma década despejou dinheiro a rodo no futebol do clube. Ou seja, de uma hora para outra, o time “empobreceu”. E precisa saber conviver com a nova realidade. “Precisamos ser comedidos nos gastos para podermos fazer essa transição de forma segura. Em um primeiro momento, teremos de limitar o INVESTIMENTO para sairmos forte dessa transição. Entendemos que era importante escolher um técnico com o perfil que se encaixasse dentro desse nosso desejo.” Siemsen até tentou contratar outro treinador. Mas Ney Franco, que era o preferido, pediu R$ 260 mil por mês e Argel Fucks teria exigido R$ 200 mil. O Flu ficou com a opção mais em conta. GRATIFICAÇÃO – Também em situação financeira delicada – o pagamento dos direitos de imagem dos atletas, por exemplo, estão atrasados -, o Santos radicalizou. Mesmo com o time invicto no Campeonato Paulista, dispensou os trabalhos de Enderson Moreira, que ganhava R$ 180 mil mensais e havia reclamado dos atrasos de pagamento, e simplesmente efetivou Márcio Fernandes, funcionário do clube com vencimentos de R$ 10 mil em carteira. Fez mais: em vez de aumentar o salário do novo treinador, optou por pagar gratificações mensais (valor não revelado). O mesmo recurso está sendo utilizado para remunerar os dois auxiliares de Fernandes, Serginho Chulapa e Edinho, igualmente assalariados do clube. Na prática, Fernandes e seus parceiros vão ver mais dinheiro entrar na conta enquanto estiverem em seus cargos de comando do time principal. Se caírem, voltam a receber o descrito em carteira. “Se o Santos contratar um novo treinador no futuro, os três vão voltar a fazer parte da comissão técnica do clube e perdem o direito de receber a gratificação”, explicou o presidente Modesto Roma Júnior. O dirigente até tentou contratar um treinador de nome. Mas Dorival Junior manteve-se irredutível na pedida de R$ 300 mil mensais e simplesmente foi preterido. Outros dois clubes cariocas também decidiram economizar na contratação de treinadores para esta temporada. Rebaixado à Série B do Brasileiro e quase na bancarrota, o Botafogo não renovou com Vagner Mancini, que tinha direito por contrato a R$ 150 mil mensais, e reabilitou René Simões, que até então vinha trabalhando como comentarista de uma emissora de TV a cabo. Salário: R$ 60 mil. É parte da política saneadora da nova diretoria. René não reclama. Ao contrário, encara a situação sem rodeios. “Eu não estou ganhando mal, estou ganhando muito bem. O futebol brasileiro é que estava fora da realidade”, disse ao ser apresentado. Figura carimbada no futebol, Eurico Miranda voltou a reinar no Vasco depois de alguns anos de afastamento e uma de suas primeiras decisões ao assumir, em dezembro passado, foi limitar o salário do treinador da equipe a R$ 100 mil. “O clube passa por uma situação difícil e não tem sentido pagar salários absurdos.” Decisão tomada, mandou um emissário à casa de Joel Santana – assumira o time em setembro passado em troca de um “soldo” de R$ 200 mil -, comunicar-lhe que estava demitido. Joel esperneou, disse que se sentia injustiçado pela “paga” que estava recebendo por trazer a equipe de volta à Série A, mas não adiantou. Está vendo o Vasco pela televisão. Até mesmo o Internacional está conseguindo economizar um dinheirinho com o treinador. Paga entre R$ 300 mil e R$ 500 mil ao uruguaio Diego Aguirre, que ainda não superou a desconfiança da torcida e tem o trabalho questionado também pelo ganha – há quem veja desvantagem para o clube na relação custo-benefício representada por Aguirre. Mas o clube está gastando menos que no ano passado. O treinador anterior, Abel Braga, embolsava R$ 550 mil a cada 30 dias de trabalho. O uruguaio chegou ao Inter no fim de dezembro e desde então vive na corda bamba. O presidente do clube, Vitório Píffero, garante que ele fica pelo menos até o fim do ano. Mas, se mudar de ideia de uma coisa já avisou que não abrirá mão: pagar salário considerado realista ao treinador que vier. Salários milionários entende, são parte do passado.

Magrão não vê favoritismo rubro-negro contra o Fortaleza

Analisando o momento do Sport, que terminou em primeiro em sua chave na Copa do Nordeste , além de ser o atual campeão do torneio , seria compreensível apontar os comandados do técnico Eduardo Baptista como favoritos para o duelo diante do Fortaleza, pelas quartas de final do Nordestão. Mas essa teoria não é seguida pelo goleiro Magrão. “Não tem favorito. É um clássico regional e o Fortaleza também terá um jogo em seus domínios”, citou o goleiro, declarando em seguida que o jogadores do Sport já estão acostumados com a pressão pelo resultado. “Estamos prontos para encarar a pressão que a torcida deels vai colocar (o primeiro jogo da decisão será no Castelão). Será um jogo de 180 minutos e sabemos da importância que um resultado bom lá teria para o jogo na Ilha”, completou. O primeiro confronto entre os leões pernambucano e cearense será nesta quarta (25), às 22h, na Copa do Nordeste. A partida de volta será no domingo (29), às 16h, na Ilha do Retiro. O vencedor desse mata-mata encontrará nas semifinais o ganhador do embate entre Bahia x Campinense.

Jogadores do Náutico repercutem protesto no CT

Depois do protesto dos torcedores do Náutico no treino da última terça (24), no CT Wilson Campos, cobrando melhores resultados da equipe, os jogadores do clube falaram pela primeira vez sobre o caso. O volante João Ananias e o atacante Stéfano Yuri preferiram adotar o discurso político, declarando que a cobrança foi “pacífica” e “normal”. “Foi uma cobrança pacífica, normal do torcedor. Entendemos bem a mensagem que eles queriam passar. Não foi a primeira vez que presenciei isso. No Santos também teve algo parecido. É normal torcedor cobrar”, afirmou o atacante. O jogador também comentou sobre uma conversa que o grupo teve em particular com o técnico Lisca. “Foi normal, apenas para passar confiança. Lisca é um treinador excepcional, sempre querendo mehorar. Não só ele como o Kuki, que é ídolo do clube e quer o nosso bem. Foi uma cobrança boa, para nos ajudara evoluir”. Ananias manteve o mesmo discurso do companheiro, mas não escondeu que se assustou com a chegada dos torcedores no meio do treinamento. “Fiquei assustado um pouco porque eles entraram em campo. Ficamos chateados porque eles entraram no nosso local de treinamento. Ali não deveria ficar torcedor, só jogador. Mas a conversa foi de forma pacífica, sem discussão. Pela situação que estamos passando é até válido porque sabemos que as coisas só vão mudar com as vitórias”, destacou.