Martelotte admite falhas e tira lições de goleada sofrida pelo Sport

Treinador foi o único a falar. "O que realmente foi ruim foi a maneira como perdemos e o placar que foi elástico"

A goleada por 5 a 0 sofrida diante do América-MG, nesta terça-feira, não ficou sem explicação. O técnico Marcelo Martelotte foi o único a falar depois do jogo - nenhum atleta quis dar entrevista - e não se esquivou da responsabilidade pela derrota acapachante. Ele reconheceu que o Sport entrou esperando um outro tipo de jogo, mais cadenciado, sendo surpreendido pela velocidade do Coelho. Admitiu, também, que erros técnicos e táticos levaram a um placar tão elástico.

A desorganização após sofrer os gols foi um dos pontos levantados por Martelotte. Na conversa com o grupo depois da partida, ele ressaltou que isso não pode se repetir daqui para frente. “Comentei com eles que uma das lições que ficam é que não podemos nos desorganizar em nenhum momento. Em cinco minutos, transformamos um 3 a 0 num 5 a 0 que é difícil de explicar”, afirmou o treinador.

Embora difícil de explicar, Martelotte encontrou motivos para a goleada. E não foi preciso uma análise mais fria. Os erros foram claros. Técnicos e táticos, na visão do treinador. “Marcamos o adversário de longe. Nosso time entrou esperando um tipo de jogo, mais cadenciado, no qual teríamos a possibilidade de conduzir, mas não foi o que aconteceu. No aspecto técnico, erramos muitos passes. E quando você peca técnica e taticamente, fica difícil vencer”, comentou o técnico.

O trabalho de Martelotte, neste momento, será de administrar o resultado ruim, para que a repercussão dentro do grupo seja a menos danosa possível. Serão quatro dias até o próximo duelo, sábado, contra a Chapecoense. A partida, diante de um adversário direto, cresce em importância. O time precisa reagir e terá que ser nesse jogo. Uma vitória apazigua os ânimos e ainda traz a vice-liderança na tabela.

“A derrota não era um resultado anormal. Enfrentamos um adversário direto, qualificado. Perdemos o jogo e permanecemos no G4. Não mudou nada em termos de classificação. O que realmente foi ruim foi a maneira como perdemos e o placar que foi elástico. Muita coisa tem que ser arrumada e nós vamos conversar isso”, analisou Martelotte.