POR ONDE ANDA SEU ÍDOLO

Lembra dele? Ribamar, o meia que jogou a Libertadores de 1988 pelo Sport


No final de 1989, jogador atuava no Corinthians e foi trocado por Neto, que atuava no Palmeiras, em transação que até hoje dá o que falar
Depois de 21 anos, o Sport voltou a disputar a Libertadores da América. Durante esse período, teve tempo para se estruturar e fazer melhor campanha do que a de 1988. Pelo menos, essa é a opinião do ex-meia Ribamar, craque daquele time. O ex-jogador, que hoje mora em Curitiba, relembra as dificuldades que a equipe rubro-negra enfrentou em sua primeira passagem no torneio continental.

- Na época, os clubes brasileiros não davam tanta importância à Libertadores quanto dão hoje. Em 88, o Sport até fez uma boa campanha. O jogo crucial para não nos classificarmos para a segunda fase foi o primeiro, quando enfrentamos o Guarani e houve a entrega das faixas pelo título de 87 (O Flamengo venceu o Módulo Verde do torneio, com os times mais tradicionais do país, e considera-se o legítimo campeão. Entretanto, o Leão conquistou o Módulo Amarelo e é reconhecido pela CBF como vencedor, uma vez que o time carioca se recusou a disputar a finalíssima contra o Leão). Estávamos em clima de festa e perdemos a classificação ali. Hoje, o Sport se tornou uma vitrine por disputar o torneio, o que acaba atraindo bons jogadores. A manutenção da base também foi uma atitude acertada - afirma.

Conhecido por sua habilidade, Ribamar costumava chamar a bola de “minha nega”. Para ele, o time do Sport de hoje também tem jogadores que podem desequilibrar uma partida por conta de sua qualidade técnica.

- Gosto de ver o Fumagalli jogar, ele tem muita elegância. O Paulo Baier também é muito bom jogador. Tem que saber tratar a bola com carinho. Um ponto positivo deste time é que tem atletas muito experientes, o que é importante em um torneio como a Libertadores

Polêmica em transação

Depois de disputar a Libertadores de 88, Ribamar se transferiu para o Corinthians no ano seguinte. Sem boas atuações, o ex-jogador foi negociado com o Palmeiras em 1990. Em troca do ex-meia, o Verdão cedeu o então jovem promissor Neto. Para desespero dos alviverdes, esse jovem se transformou em um ídolo alvinegro, tendo levado o Timão à conquista do título brasileiro. Em compensação, Ribamar se via às voltas com lesões e pouco atuou no Palestra Itália.

- O Neto não estava bem no Palmeiras porque o Leão cobrava trabalho e ele não

gostava de treinar. Por isso, decidiram trocá-lo. Foi a melhor coisa da vida dele. Infelizmente, não deu certo para mim. Fiquei lesionado quase o tempo todo que estava lá. Cheguei a jogar mais de três meses com dor no púbis e, logo depois, torci o joelho.
E as lesões que começaram no Palmeiras foram aumentando até que o ex-jogador teve que encerrar a carreira. Depois de duas operações na coluna (Ribamar teve duas hérnias de disco), o ex-meia decidiu parar.

- Fiz a cirurgia na coluna em 94 e achei melhor parar. Agora, mesmo longe dos gramados, já tive que operar os dois joelhos.

Planos futuros para o Sport

Quem acha que a ligação de Ribamar com o Sport acabou com o fim da Libertadores de 1998, está enganado. O ex-jogador visita constantemente o clube e, sempre que vai a Recife, é reconhecido pelos torcedores nas ruas.

- O reconhecimento não tem preço. As pessoas pedem autógrafos e querem falar comigo. Para o ser humano, não existe coisa melhor do que saber que fez bem a um grande número de pessoas.

Para retribuir esse carinho, Ribamar quer criar, junto com um grupo de empresários, uma estrutura para o Sport revelar e manter novos talentos.

- Tenho um projeto para construir um CT com apoio de alguns empresários. Se você tem uma estrutura boa, você segura mais tempo os seus jogadores e pode até vende-los melhor. A ideia é trabalhar bastante a base, não só no que se refere a futebol, mas também à cultura.

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