Presidente do Sousa/PB garante que meia tem contrato com o clube e pede R$ 25 mil
Na última quinta-feira, o Náutico surpreendeu a todos ao contratar o desconhecido Itamar, que jogava no futebol de Cingapura. No entanto, esta não foi a única surpresa. O presidente do Sousa, da Paraíba, Aldeone Abrantes, como boa parte da Imprensa paraibana, tomou um susto ao tomar conhecimento do acerto com o Alvirrubro, pois o jogador, há quase um mês, treinava no clube e, inclusive, garante ele, já havia assinado contrato. Diante da situação, o dirigente foi taxativo: “Não quero atrapalhar a vida do atleta, nem do Náutico, mas o Souza não pode ser prejudicado. Libero o atleta se pagarem os R$ 25 mil devidos.”
O ressarcimento solicitado por Abrantes seria uma forma de recompensar o clube pelo investimento que fez para levar o atleta para a Paraíba. “Trouxemos o jogador do Rio de Janeiro, dei um adiantamento financeiro a ele, que estava aqui desde o dia 15 de dezembro, quando iniciamos nossa pré-temporada. O nome dele ainda não saiu no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) porque a transferência é internacional, vem de Cingapura. Mas o pedido de transferência já foi feito desde 4 de janeiro, e o contrato dele está protocolado na Federação Paraibana de Futebol”, explicou o dirigente, que, precavido, já informou a situação à Federação Paraibana de Futebol. “A presidente Rosilene Gomes entrou em contato com o diretor de Registro da CBF, Luiz Gustavo (Vieira Castro) para informá-lo deste caso”, acrescentou.
Abrantes ainda acusou o jogador de ter mentido para deixar o Sousa/PB. “O empresário dele, chamado William, entrou em contato comigo dizendo que o jogador tinha recebido uma proposta do América do Rio. Aí Itamar pediu para ser liberado porque ficaria do lado da mãe, por ser carioca, e pedimos que ele nos ressarcisse em R$ 30 mil pelos nossos gastos”, contou o dirigente, adiantando que recebeu somente uma parte deste valor.
“O empresário dele então depositou na conta R$ 5 mil e mandou um emissário pernambucano, Jacó, conversar com a gente e entregar o restante do dinheiro em cinco cheques. Mas como posso confiar em pessoas assim que estavam mentindo. O empresário dele até me ligou para se explicar e disse que se o Armando (Ribeiro, diretor de futebol alvirrubro) me ligasse, dissesse a ele que a liberação já estava acertada. Mas não confio mais e quero receber em dinheiro”, contou.
A posição da diretoria do Náutico com relação ao assunto não poderia ser mais clara. Caso os representantes do atleta e o clube paraibano cheguem a um acordo, ótimo, Itamar tem as portas abertas para continuar trabalhando no Timbu. Mas não existe possibilidade dos alvirrubros comprarem uma briga na Justiça e, muito menos, de desembolsarem qualquer quantia para ressarcir o Souza e, assim, poder contar com o futebol do meia.
“A possibilidade do Náutico pagar qualquer quantia pelo jogador é zero. Também não vamos comprar nenhuma briga, pois se trata de uma aposta. A história é simples. Se for o desejo dele e das pessoas que o representam que Itamar jogue no Náutico, eles têm que resolver essa situação com o Souza. Nossa diretoria não vai se meter”, arrematou o diretor alvirrubro, Armando Ribeiro.
“Só tomamos conhecimento desse problema depois que Itamar chegou ao Náutico. Procuramos os representantes dele. Eles apresentaram um documento, mostrando um acordo que estaria sendo feito com o presidente do Souza. Vamos aguardar”, acrescentou o dirigente.
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