Magrão defende permanência de treinador e quer trazer o torcedor de volta ao clube

Capitão rubro-negro diz que a troca exagerada de comando atrapalha o rendimento da equipe
Em oito anos de Sport, Magrão já trabalhou com vários treinadores de diversas filosofias e estilos. Uns foram vitoriosos, alguns longe disso. Uns ficaram muito tempo, outros tiveram passagens rápidas. Para o experiente capitão rubro-negro, essa troca de comando, muitas vezes exagerada, causa uma quebra de rotina que acaba sendo desfavorável ao time. "Talvez um treinador que fique mais tempo seja o ideal. Muita mudança atrapalha. Muitas vezes quando não ganha, o técnico vai logo embora. Por exemplo, Vadão, saiu após perdemos a Copa do Nordste.

Agora com o Sérgio (Guedes), a pressão já está grande em cima dele", conta. "Se você for ver, em alguns times, mesmo sem o objetivo alcançado, a longo prazo os treinadores conseguem conquistas. Mas não é fácil, torcedor não quer saber. Meu pensamento é dar mais tempo a um profissional", revela. Ainda chateado com o desfecho da final do domingo passado, Magrão não consegue explicar o que vem acontecendo nos últimos anos. "É difícil dizer, houve várias mudanças de elenco, treinadores e dirigentes. Mudou muito e a gente nao conseguiu se encaixar para chegar a títulos. Eu particularmente não sei o que responder pelas mudanças que foram feitas e nada", admite. Sempre acionado para falar pelo elenco, quando a situação está complicada, o capitão mantém o lado político e afirma que a equipe está focada em reagir nessa temporada. "É dicificil colocar a cara para bater sempre nos momentos difíceis.

 O que a gente falar não adianta. O torcedor está chateado e não tiro a razão. Vai ser difícil para ele digerir. Temos que trabalhar e dar sequência aos novos desafios que tem esse ano. Só vitórias vão fazer o torcedor esquecer isso", comenta. Mesmo assim, Magrão conta que os ares nos vestiários da Ilha do Retiro estão pesados. "Hoje o clima não está como antes, não tem como perder o campeonato e estar tudo bem. Uns sentem mais, outros menos, mas a gente sabe que tem que se levantar porque passou.

Não é uma perda de título que venha fazer um jogador desistir de tudo. Hoje o clima não é dos melhores, mas a gente vai retomar", garante Segundo o goleiro, a missão maior do Sport, agora, é trazer o torcedor de volta para o seu lado. "Isso vai depender do nosso trabalho. Se a gente voltar a ganhar, a torcida volta a nos apoiar. Eles estão sentidos e nós tristes, mas temos que focar", afirma. E para ele, a melhor oportunidade de voltar a mostrar resultados é na partida de volta contra o ABC, pela Copa do Brasil, nesta quarta-feira. "Temos que dar a resposta logo e temos que lutar muito. A gente vacilou em Natal. Dois gols é um prejuizo muito grande, mas se fizermos o que fizemos no primeiro tempo contra o Santa dá para reverter", acredita.

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