Jenifer Martins nasceu com uma paralisia cerebral permanente, mas o esporte permitiu que ela superasse barreiras e se tornasse uma paratleta campeã
A vida de uma pernambucana de 20 anos é uma verdadeira história de superação e mais um exemplo de que o esporte pode ajudar qualquer pessoa a superar os limites do corpo e da alma.
A atual paratleta Jenifer Martins nasceu de um parto complicado. A falta de oxigênio durante o nascimento da garota causou uma paralisia cerebral permanente. Apesar de todas as dificuldades, a mãe de Jenifer, Clildete Nascimento dos Santos, não se deixou abater e levou a filha para praticar esporte quando ela tinha apenas oito anos.
Essa decisão foi fundamental para o desenvolvimento de Jenifer. Por conta do atletismo ela pode ficar independente se percorrer uma trajetória que merece todos os aplausos. Entre as conquistas estão as medalhas de prata e ouro no Parapan do Rio de Janeiro e o quarto lugar nas Paraolimpíadas de Pequim.
“No Brasil, nenhuma para atleta é mais rápida do que Jenifer nos cem, duzentos e quatrocentos metros rasos. Hegemonia que lhe impôs uma meta: subir ao pódio na competição mais importante do esporte”, disse o técnico Abraão Nascimento.
“Cheguei perto [do pódio das Paraolimpíadas], mas não consegui. Não foi a minha vez. Mas pretendo ir para Londres, para o Rio em 2016 e quem sabe lá eu não consiga minha medalha?”, sonhou Jenifer Martins.
Essa persistência e força de vontade da paratleta surpreende o técnico, a mãe e todos que conhecem Jenifer. “Ela sempre surpreende pela persistência dela, força de vontade e por acreditar nela mesmo”, elogioi o técnico. “Antes eu tinha que lutar para conseguir as coisas para ela chegar onde ela chegou. Agora não, eu que dependo dela para tudo”, disse a mãe.
Foi essa a lição que Jenifer repassou para as crianças de escolas públicas que participam do projeto Força para o Esporte do Governo Federal, em um quartel em Jaboatão dos Guararapes. Lá ela revelou qual o segredo para superar todos os obstáculos: acreditar. “Acho que nada na vida é impossível. Quando você quer, coloca na cabeça, pode conseguir”, disse a paratleta.
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