Só resta balançar a rede

Se o Sport quiser levar a decisão para um jogo extra, ataque precisa fazer a diferença
Uma, duas, três... As chances perdidas pelo Sport, no primeiro capítulo da final do Pernambucano, custaram caro. Em parte das arquibancadas do Arruda, o grito de gol ficou preso. Engasgado. Pior mesmo foi digerir a vantagem adquirida pelo Santa Cruz. Na rara chance que Dênis Marques teve, ele marcou. No jogo seguinte, diante do ABC-RN, a desconfiança foi reiterada. Um time apático, que aumentou o jejum de gols para dois jogos. A partir das 16h deste domingo, na Ilha do Retiro, a situação precisa ser inversa. Caso queira manter a esperança do terceiro jogo decisivo e evitar a terceira derrota consecutiva de um título estadual para o mesmo rival, o Rubro-negro tem que acertar a pontaria e correr em dobro. Está nos pés do ataque leonino a chance de uma redenção. Curiosamente, foi diante do Santa Cruz que o Sport sofreu uma baixa importante no que diz respeito ao setor ofensivo. Antes de iniciar a fase decisiva do Pernambucano, as duas equipes empataram em 2 a 2. Um dos tentos da equipe rubro-negra foi marcado por Roger. Pouco depois, o centroavante saiu de campo machucado. Sofreu uma fratura no pé. O jogador que disputaria posição com o camisa 9 não foi contratado. Desde então, o Sport ficou com uma lacuna no setor. O primeiro a ser testado no lugar vago foi Mateus Lima. Não deu certo. Foram três jogos como titular. Sérgio Guedes ainda reinventou Felipe Menezes. Improvisado como centroavante, o meia se deu bem no segundo duelo da semifinal com o Ypiranga e até marcou um gol de cabeça. Mas, na final com o Santa Cruz, foi mal no teste decisivo e voltou a ser questionado. A equipe, portanto, chega para mais uma partida decisiva com uma interrogação no setor. Mas não é só de um atacante que o Sport pode depender. Até porque a equipe conta com um setor ofensivo que já se mostrou bem preenchido. Lucas Lima, Felipe Azevedo e Marcos Aurélio também circulam pela área adversária. Aliás, foram dos pés de Marcos Aurélio que saíram chances muito perigosas no primeiro duelo entre as equipes. Em uma delas, ele perdeu o gol na entrada da pequena área. Na outra, mandou na trave. Foi o destaque do time. Tanto que a sua saída do jogo para a entrada de Erico Junior. Durante a semana, inclusive, Sérgio Guedes chegou a comentar o assunto. “Precisamos de uma referência no ataque. E me preocupa o fato de não estarmos tendo nos últimos jogos. Temos de ter esses homens dentro da área para completar as jogadas”, disse Sérgio Guedes.

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